Acordo com a página em branco. Já não entram as linhas que tão cuidadosamente teceste e entrelaçaste num delicioso acorde de silêncio. Sei que, ao abrir dos olhos, não cuido procurar o sossego nem cuido suspirar de uma ausência despreocupada. Sei que estarei livre de sobressaltos das expectativas furadas e jamais cumpridas.
Acordo com a página em branco. Não estarás para escrever as linhas que te habituaste, repletas de um desinteresse latente. Tirei-te a caneta da mão, afastei o lápis, rasguei a cor.
Acordo com a página em branco e serei eu a cuidar colocar, como me apraz a consciência, as linhas que me cosem.
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